quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Pequena Morte - Pitty





Gosto o jeito que você se despe dos costumes
O jeito que assume que o negócio é se arriscar
E tinha prometido não ceder à compulsão
Mas é uma agressão dizer pra um bicho não caçar

O bom é que depois
O final é a pequena morte lenta de nós dois
De nós dois

E do nada sua mão ocupa minha cintura
Fica uma quentura demarcando o lugar
No seu olho, juro, eu já saquei que essa noite
De um jeito ou de outro a gente vai se entrelaçar

O bom é que depois
O final é a pequena morte lenta de nós dois

Desagradável não te ver por aí
Insuportável não te ter por aqui
Ainda outro dia eu tentei com alguém
E o que eu queria era colar em você, meu bem

De repente a gente nessa dança muito doida
Rolando, suando, nunca para de pulsar
Lá se vão as horas; ninguém conta mais o tempo
O arrebatamento não demora a chegar

O bom é que depois
O final é a pequena morte lenta de nós dois

Desagradável não te ver por aí
Insuportável não te ter por aqui
Ainda outro dia eu tentei com alguém
E o que eu queria era colar em você

Colar em você
Subir em você
Meu bem!


Um simples olhar.
Eis que pudeste tu conhecer a minha alma através dos olhos
Mas preferiste atentar -te ao externo.
Meus mais profundos segredos se escondem onde menos espera.
Vá a minha  face, atrás dos olhos lacrimosos e meigos vês,quão dura e cruel pode ser uma mulher.
Não me sinto encabulada quando me encaras, nem ao menos sufocada.
Entre a troca de olhares, se tiveres coragem, veras minha alma.
Pura e solitária.
Não me critiques se não sabes traduzir o que vos digo sem abrir a boca.
Eis que meus segredos se revelam com o olhar.

Hélen Gomes

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

A Moça


Vejo aquele sorriso curioso
A face atenta que se perde nas descobertas
Tuas palavras surgem do entusiasmo
A expressão crítica e cautelosa se rebela
Não esperava encontrar a moça
E estava lá, os silenciosos manequins
Tantos sonhos, receios e desafios!
Mas e a moça? O que lhe completa o sorriso?
Talvez a questão não tenha resposta
É preciso sentir teus segredos
A objetividade completa a subjetividade dos porquês
Ora humana, ora a explosão das galáxias
Aproxima-se devagar e sorrir
A confiança ainda sobrevive a holocaustos
O dever espera teu aval todos os dias
Moça que cativa os olhos sóbrios
Acredito na leveza e na pulsação das tuas ideologias
Procuras e encontrarás o tesouro perdido
Teu riso derrotou meu medo
Teu brilho alcançou até mesmo o irreal.


Vera Gaiata